Este Blog foi criado com o intuito de discutirmos sobre a Rio+20, uma Conferência que será realizada, pelas Nações Unidas, na cidade do Rio de Janeiro, que tem como objetivo encontrar soluções para os principais impactos ambientais em todo mundo e fazer com que os países se comprometam com o chamado desenvolvimento sustentável, por meio do qual é possível crescer sem afetar o planeta e utilizar a natureza sem destruí-la.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Rio+20 não deve resultar em ações concretas para o uso da água, diz presidente do Brasil Pnuma
Segundo ele, o pré-documento da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Rio+20 aborda apenas “intenções”. Para Lemos, se a Rio+20 não discutir ações mais concretas, será uma “oportunidade perdida” para avançar em temas como o acesso da população à água potável e ao esgotamento sanitário.
“Os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio têm prazo até 2015. É possível que se faça ainda, até 2015, uma outra reunião para definir metas, mas lamento que não tivéssemos tido tempo, ou que os governos preocupados com as crises econômicas que estamos vendo na Europa já há algum tempo e nos Estados Unidos não tenham tido espaço para poder aprovar metas mais concretas [para a Rio+20]”, disse.
Lemos lembrou que um dos Objetivos do Milênio, documento aprovado pela ONU em 2000 que prevê metas para melhorar o mundo no prazo de 15 anos, é reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água potável e ao esgotamento sanitário.
“Vários países melhoraram bastante no que diz respeito ao abastecimento de água, mas muitos países não vão alcançar essa meta. E, na parte de esgotamento sanitário, a maioria dos países não vai alcançar essa meta. A meta de esgotamento sanitário não vai ser atingida pelo Brasil. É lamentável porque o saneamento é fundamental para reduzir gastos com saúde. Grande parte das internações hospitalares é provocada por doenças devido à água contaminada e coisas desse tipo”, ressaltou.
Rio+20 é momento de criar política global para a água, diz diretor da ANA
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Recursos hídricos precisam ser prioritários para ONU, diz Vicente Andreu.
Nações Unidas oficializaram o dia 22 de março como Dia Mundial da Água.
Os países precisam de políticas próprias para a água e de um organismo que fiscalize o que é feito para garantir os recursos hídricos, afirma o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu. Segundo ele, a Rio+20, conferência da Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, é a principal oportunidade para resolver o assunto.
Esta quinta-feira (22) é o Dia Mundial da Água, data oficializada pela ONU.
Em entrevista ao Globo Natureza, Andreu afirmou que a abordagem sobre o recurso natural no documento que vai nortear a cúpula da Organização das Nações Unidas, que acontece em junho no Brasil, é “patética” e “não tem nada de ousadia”.
“O documento da ONU é frágil. Aquilo que o governo brasileiro propôs em novembro passado, antes da divulgação do 'Rascunho Zero', mesmo sendo criticado, era mais ousado, particularmente na questão da água”.
Ele defende a criação de um organismo mundial para melhorar a distribuição da água entre os países e evitar problemas citados pelas Nações Unidas como a escassez e o desperdício.
A água precisa ser enxergada de uma forma vertical, não somente transversal [como elemento coadjuvante] na educação, nas mudanças climáticas, na navegação. Temos que criar uma condição de uniformidade em torno deste tema. Na verdade, a água precisa ter uma casa própria para ser discutida”, disse o diretor da ANA.
Desleixo
Segundo ele, que participou da sexta edição do Fórum Mundial da Água, realizado na última semana em Marselha, na França, foi consenso dos países participantes o "desleixo" que o assunto tem dentro da organização.
“Existe um escritório voltado para a água [UN-Water] que a cada período de tempo passa a ser administrado por uma agência diferente. Atualmente está sob os cuidados da Organização Meteorológica Mundial. O que precisava na Rio+20 é criar o Conselho de Desenvolvimento Sustentável [que funcionaria nos moldes dos conselhos de Segurança e Direitos Humanos] ou mesmo fortalecer o Pnuma [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente] e dentro dessas instituições inserir um braço responsável pela água”, explica.
“É melhor do que ter de reformar agências que já existem. Desta forma, a água passaria a ser vista nas questões social, ambiental e econômica”, disse Andreu citando as vertentes principais que terão reflexos na Rio+20.
Novas políticas e cobranças pelo uso da água
De acordo com o diretor da ANA, existe uma articulação entre os países para implementar ao texto final da conferência a necessidade de se criar mais reservatórios de água contra variabilidades climáticas (no controle de inundações ou abastecimento em épocas de seca).
Outro tema abordado por ele é a possibilidade de se cobrar mundialmente pelo uso da água, dinheiro que seria revertido principalmente para pagamento de serviços ambientais aos pequenos produtores.
“Para isso, seriam criados fundos financeiros globais que dariam suporte aos países. O dinheiro viria da cobrança feita às empresas de saneamento, energia e também dos governos”, explica.
Qualidade das águas no Brasil
Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição hídrica no país.
De acordo com o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado em 2011 pela ANA, o Brasil coleta 56,6% do esgoto doméstico urbano. Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento. Além deste problema, não existe ainda uma rede integrada de monitoramento da qualidade das águas.
Segundo a ANA, em nove estados ainda não existem quaisquer pontos de medição de possíveis alterações. Além dos sete estados da região Norte, Santa Catarina e Maranhão não verificam os dados. De acordo com Maria Cristina Sá Brito, especialista em recursos hídricos da agência, o governo prevê para 2015 uma integração de dados sobre a qualidade da água que vai possibilitar a verificação de 4.400 pontos de coleta instalados em rios, nascentes e reservatórios .
“O projeto foi desenhado em 2008, mas devido ao atraso no processo de licitação, a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas só começou a ser planejada em 2010. Com ela, haveria informações trimestrais e semestrais dos cursos d’água brasileiros, contribuindo para a preservação dos mananciais”, disse Maria.
Águas subterrâneas
Outro motivo de preocupação são as águas subterrâneas, que começaram a ser analisadas devido ao risco de contaminação por esgoto não tratado e resíduos industriais. Em 2011, o governo liberou R$ 15 milhões para que investigações e testes fossem feitos em bacias como a rio Amazonas, no Norte, e São Francisco, no Nordeste.
Segundo a ANA, a expansão das cidades, com mais indústrias e bairros, muitas vezes sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter causado a contaminação do solo de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.
Cultivando Água Boa Rumo à Rio+20
Nessa edição, a metodologia do encontro mudou. As participações nas oficinas temáticas do programa (Plantas Medicinais, Agricultura Orgânica, Coleta Solidária, Comunidades Indígenas e outras) foram selecionadas diretamente pelos Comitês Gestores Municipais. A preparação para o encontro também seguiu uma metodologia diferente dos anos anteriores. A Diretoria de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu promoveu uma intensa programação desde a Semana do Meio Ambiente, em junho, com as Caminhadas pela Sustentabilidade. Em seguida vieram encontros com os gestores dos programas, as reuniões ampliadas dos comitês gestores e jornadas preparatórias em cinco municípios-polo da região da Bacia Hidrográfica do Paraná 3. Em todos esses encontros, esteve presente a temática da Conferência da Terra (a Rio+20, que será realizada pela ONU no Rio de Janeiro em junho de 2012).
sobre o encontro
O evento teve como principais temas a Economia Verde, Erradicação da Pobreza e Governança Global. Por isso, no processo preparatório para o Encontro Anual, entre os 29 municípios atendidos pelo Cultivando Água Boa, foram selecionadas as melhores práticas da iniciativa e que estejam alinhadas com esses temas.
Isso por que o CAB será apresentado na Conferência da Terra como um dos “cases” de sucesso do Brasil na promoção da sustentabilidade. Os participantes do Encontro Anual CAB 2011 puderam ter uma prévia das ações que serão apresentadas no Rio de Janeiro, em 2012.
Temática da água deve ser debatida durante a Rio + 20
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O diretor da Agência Nacional de Águas cobrou ousadia no debate de políticas sobre recursos hídricos
Rio de Janeiro. O diretor da Agência Nacional de Águas do Brasil (ANA), Vicente Andreu, questionou ontem a pouca relevância que o tema "água" terá na Rio+20 e pediu a criação de um organismo mundial que impulsione uma melhor distribuição de água entre os países.
Em declarações à imprensa, todas referentes ao Dia Mundial de Água, Andreu alegou que a abordagem deste recurso vital na minuta do documento que será discutido na cúpula Rio+20 é "patética" e "não tem nada de ousadia".
A Rio+20, intitulada de Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, será realizada no próximo mês de junho, no Rio de Janeiro.
O diretor da ANA também defendeu a criação de um organismo mundial para melhorar a distribuição de água entre os países para evitar alguns dos problemas já mencionados pela Nações Unidas, como a escassez e o desperdício. Andreu, que compareceu à 6ª edição do Fórum Mundial da Água - realizada em Marselha (França), na última semana -, assegurou que todos os participantes do encontro chegaram ao consenso que este assunto sofre de uma espécie de "abandono" dentro da ONU.
"O que é necessário concordar na Rio+20 é a criação de um Conselho de Desenvolvimento Sustentável e o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Dentro dessas instituições, apareceria um braço responsável somente pelo fator água", explicou Andreu.
O Dia Mundial de Água foi recordado ontem com diversos atos pelo País, com destaque para a exibição de uma escultura de gelo em forma de diamante feita com 2,2 mil litros de água. A obra, exposta em uma estação do metrô da capital paulista, poderá ser vista pelo público até domingo. Segundo a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo, os 60 blocos de gelo que formam a escultura serão reutilizados.
O secretário-executivo da Rio+20, o embaixador francês Brice Lalonde, afirmou ontem que a conferência deve produzir um mandado para que a ONU apresente, em um prazo de três anos, um indicador alternativo ao PIB, criticado por não contabilizar os impactos ambientais da produção de riqueza.
Riquezas
A reforma da medida da riqueza das nações tem sido uma das principais pautas da conferência no Rio de Janeiro.
Durante o Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus, Lalonde disse duvidar que do Rio já possa sair o novo indicador. "Não tenho certeza de que conseguiremos criar em três meses, porque já houve muita discussão em 30 anos", afirmou ele, que é responsável por toda a parte logística da conferência.
O secretário-executivo também mandou um recado aos líderes dos países que se preparam para vir à cúpula: "Não venham ao Rio se vocês não tiverem compromissos".
Ele disse esperar que se produzam compromissos para o desenvolvimento sustentável nas áreas de água, energia, comida, oceanos e solidariedade social.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Segurança Alimentar cientistas reclamam seu lugar pela segurança alimentar
Relatórios indicam que nos meados do século 21 devido ao aumento da população a demanda mundial por cereais será 70% maior que a atual.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Rio 20 não deve resultar em ações concretas para o uso da água
O jornal Diário de Pernambuco publicou, no último dia 22 de março, a declaração do presidente do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Sr. Haroldo Mattos de Lemos, a qual dizia que a Rio +20 não deverá resultar em ações concretas que permitam avanços nas políticas globais sobre o uso da água, já que o pré-documento da ONU para a conferência aborda apenas “intenções”. Para Lemos, se a Rio 20 não discutir ações mais concretas, será uma “oportunidade perdida” para avançar em temas como o acesso da população à água potável e ao esgotamento sanitário.
Sr. Haroldo lamenta que os governos, preocupados com as crises econômicas, não tenham tido espaço para poder aprovar metas mais concretas para a Rio +20. E lembra que um dos Objetivos do Milênio, documento aprovado pela ONU em 2000 que prevê metas para melhorar o mundo no prazo de 15 anos, é reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água potável e ao esgotamento sanitário. Meta essa que, lamentavelmente, não será atingida pelo Brasil, pois seria fundamental para a redução de gastos com a saúde, já que grande parte das internações hospitalares é provocada por doenças devido à água contaminada e coisas desse tipo”, ressaltou Lemos que participou, no último dia 22 de um seminário na Associação Comercial do Rio de Janeiro para comemorar o Dia Mundial da Água.
Fonte: 10h48 - 22/03/2012, Diário de Pernambuco.com.br